Processar Companhia Aérea: Quando e Como Reivindicar Seus Direitos

Passageiro conversando com atendente de companhia aérea no balcão de aeroporto com documentos na mão

Você já se sentiu lesado por uma companhia aérea e não sabia se realmente valia a pena correr atrás dos seus direitos? Às vezes, diante de um cancelamento de voo inesperado, horas esperando no aeroporto ou, pior, sem ter notícias de uma bagagem que simplesmente desapareceu, pode bater um sentimento estranho: “Será que vou conseguir alguma coisa se reclamar?”

O dado impressiona: apenas 5% dos brasileiros sabem quais são seus direitos em situações como essas, isso significa que milhões de reais deixam de ser indenizados todos os anos, simplesmente por falta de informação (95% dos brasileiros que viajam de avião não conhecem direitos e perdem indenizações).

Neste artigo, vou mostrar o que pode ser feito em situações como cancelamento, atraso de voo e também no caso de extravio de bagagem. Revelo os passos para solicitar a devida compensação — seja diretamente com a companhia, seja via órgãos reguladores, advogados ou plataformas online como a JusAereo.

Reivindicar direitos é um ato real de respeito consigo mesmo.

Se você nunca esteve numa situação dessas, talvez conheça alguém que já passou. Se vai viajar, é melhor já saber, evitar aquele desamparo clássico e garantir que não ficará para trás.

Por que conhecer seus direitos faz tanta diferença

Poucos passageiros buscam compensações ou reembolsos porque a sensação de desânimo diante da burocracia é real. No entanto, problemas como cancelamento de voo, overbooking, atrasos e extravio de bagagem podem (e muitas vezes devem) ser alvo de reivindicação. Para você ter uma ideia das proporções desse cenário:

  • Somente em 2022, 1 a cada 62 passageiros sofreram com cancelamentos de voo no Brasil, impactando cerca de 1,3 milhão de consumidores.
  • No mundo, acredita-se que mais de 85% dos viajantes não conhecem seus direitos.
  • O Brasil é líder mundial em processos judiciais de passageiros contra companhias aéreas — com quase R$ 1 bilhão movimentados anualmente (processos de passageiros contra aéreas).

Por que será que, mesmo com tanta inconformidade, quase ninguém tenta buscar o que lhe é devido?

Desistir é fácil. Lutar pelo que é justo é o desafio.

Na prática, conhecer seus direitos faz toda a diferença para transformar a sensação de impotência em ação concreta. Organizar documentos, reunir provas e entender o caminho são passos que, uma vez conhecidos, nunca mais serão esquecidos.

Quais são seus direitos em situações problemáticas com companhias aéreas?

A legislação brasileira — especialmente o Código de Defesa do Consumidor e regras da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) — é bem clara com relação ao que o passageiro tem direito em caso de intercorrências.

Veja o que você pode exigir:

  • Assistência material: Dependendo do tempo de espera, companhias são obrigadas a fornecer alimentação, hospedagem (se necessário), transporte e comunicação — tudo sem custos extras.
  • Informação e transparência: A empresa deve informar, a cada 30 minutos, sobre o status do problema ocorrido no voo — seja atraso ou cancelamento.
  • Reembolso integral: O passageiro pode optar pelo reembolso do valor pago ou pelo reacomodamento em outro voo disponível, inclusive de outra companhia.

Se você achar que ficou confuso, pode acessar guias como o voo cancelado: o que fazer e como reivindicar direitos para maiores detalhes.

Cancelamento de voo: e agora?

Se houver cancelamento, o consumidor pode:

  1. Pedir reembolso integral, incluindo taxas
  2. Ser colocado em outro voo para o mesmo destino na primeira oportunidade
  3. Remarcar para data/horário desejado — se houver vaga

Ademais, se o passageiro já estiver no aeroporto, entram os direitos à assistência. Ficar atento é fundamental.

Atraso na decolagem ou chegada

Para atrasos acima de 1 hora, já começa a valer o direito à comunicação. Acima de 2 horas, entra a alimentação. Passou de 4 horas sem solução? A empresa deve oferecer hospedagem (se necessário) e transporte até o hotel. Indicamos este guia prático sobre problemas de cancelamento de voo para aprofundar o entendimento desse tipo de situação.

Em casos graves de atraso, é possível ir além da assistência material e solicitar compensação financeira — especialmente se tiver sido prejudicado com prejuízo material, perda de compromisso ou outros danos correlatos.

Extravio de bagagem

A bagagem não chegou? O procedimento é procurar imediatamente o balcão da empresa e registrar um chamado (Relatório de Irregularidade de Bagagem – RIB). O passageiro tem direito a indenização tanto pelo extravio em si quanto por danos/mau estado ou atraso excessivo na devolução.

Vale consultar a lista detalhada dos direitos do passageiro aéreo caso queira informações pormenorizadas sobre outras situações, como embarque negado (overbooking). Aliás, sobre overbooking, há um guia prático neste artigo com instruções da ANAC para reivindicações.

Quando é hora de buscar compensação?

Você tem dúvidas se o seu caso realmente é passível de reclamação ou até mesmo acionamento judicial? Sabe-se, por exemplo, que há regras bastante objetivas quanto ao tipo de dano e à quantia máxima de indenização (nos voos internacionais, controle feito pela Convenção de Montreal). Em 2024, esses valores foram reajustados, chegando a:

  • 151.880 DES por passageiro em caso de morte ou lesão corporal
  • 6.303 DES por atraso excessivo de voo
  • 1.519 DES por problemas/atraso de bagagem

Esses valores, convertidos para reais, podem variar conforme o câmbio e as regras da companhia (limites de indenização no transporte aéreo internacional). Vale saber que há muitos casos em que a justiça concede valores até superiores, principalmente em razão de dano moral.

Quando acionar órgãos reguladores?

Antes de partir para um processo judicial, tente resolver administrativamente:

  1. Protocole a reclamação diretamente com a companhia aérea — anote protocolo, nome do atendente, hora, data
  2. Guarde todas as provas: passagens, comprovantes de despesas, fotos do painel e das bagagens, e-mails e mensagens trocadas
  3. Caso não haja resposta ou seja insatisfatória, recorra ao Consumidor.gov.br, à ANAC e ao Procon

Com o máximo de provas possível, a chance de êxito aumenta muito, especialmente se for preciso entrar com ação posteriormente.

Provas guardadas; direitos garantidos.

Como reunir provas e documentos — o que não pode faltar

As pessoas imaginam que para requerer algum valor ou compensação depois de um imprevisto bastaria contar o ocorrido. Mas não é bem assim: o resultado depende da quantidade e clareza das provas reunidas. Às vezes, é claro, nem tudo está sob nosso controle. Mas dá para tomar alguns cuidados simples.

Listei o que costuma ser mais solicitado para comprovar danos, atrasos, cancelamentos e extravio de malas:

  • Passagem aérea (e-tickets e reservas)
  • Cartões de embarque
  • Documentos do check-in e comprovantes de despacho de bagagem
  • Comprovantes de gastos (transporte, alimentação, hospedagem), preferencialmente com nome e horários legíveis
  • Protocolos e e-mails trocados com a companhia
  • Fotos e prints das informações de atraso/cancelamento — paineis do aeroporto, SMS, apps
  • Boletim de ocorrência, se aplicável
  • Relatório de Irregularidade de Bagagem (RIB), nos casos de mala extraviada

Você reparou como é fácil perder esse tipo de documento se não organizar desde o início da viagem?

O melhor processo começa antes do problema acontecer.

Por quanto tempo devo guardar tudo?

O ideal é manter todos os comprovantes até a resolução completa da reclamação. Não jogue nada fora antes de finalizar o processo (inclusive um eventual ressarcimento bancário). As empresas podem reaparecer com novas exigências até meses depois — principalmente em casos internacionais.

Como buscar ajuda: quando recorrer a advogados e plataformas especializadas

Existem casos em que, mesmo após enviar protocolos e insistir repetidas vezes, o passageiro sente que está falando com paredes. A comunicação com companhias aéreas, muitas vezes, é lenta, despersonalizada e cheia de obstáculos. É aí que plataformas online como a JusAereo fazem diferença.

Por que faz sentido procurar uma consultoria jurídica especializada ou advogado?

  • Atenção profissional para análise dos fatos e enquadramento correto
  • Preparo de petições com linguagem técnica que aumenta a chance de êxito
  • Capacidade de negociar diretamente com a companhia (antes e durante o processo)
  • Atuação em audiências e possibilidade de cobrança de danos morais
  • Ausência de envolvimento emocional nas tratativas

Nesse contexto, a JusAereo se diferencia exatamente pelo uso da tecnologia para automatizar reclamações, organizar documentos e simplificar o acompanhamento do andamento dos casos. O passageiro pode, inclusive, resolver quase tudo pela internet, sem precisar sair de casa ou lidar diretamente com call centers. Isso corta boa parte do desgaste típico de quem tenta resolver sozinho.

As plataformas digitais ajudam, principalmente, em três sentidos:

  1. Checagem automática do direito à compensação
  2. Acompanhamento em tempo real de prazos e etapas
  3. Organização de arquivos para eventuais demandas judiciais

Em situações mais complexas, o auxílio de um advogado (seja próprio, seja parceiro da plataforma) pode acelerar negociações e aumentar valores de indenização.

Não enfrente grandes empresas sozinho.

Tempo médio até a solução

Esse é um ponto que muitas pessoas subestimam: quanto tempo demora para ver resultado? Na maior parte dos casos extrajudiciais, a compensação pode levar de 2 semanas a 3 meses, dependendo da resposta da companhia. Se for ajuizado, o processo costuma durar de 6 meses a até 2 anos, variando conforme tribunal e complexidade.

Avalie se vale a pena negociar de forma autônoma e rápida ou entrar com uma ação que, apesar de mais lenta, tende a gerar melhores resultados financeiros. A JusAereo acompanha o passageiro em todas essas etapas.

O papel da ANAC, do Procon e de outros órgãos

É comum o passageiro se perguntar: “devo só recorrer à Justiça ou preciso também notificar órgãos reguladores?” Na prática, o que realmente faz a diferença é acionar todos os canais possíveis: ANAC, Procon, Consumidor.gov.br e, claro, buscar meios judiciais se necessário. Esses órgãos produzem registros que podem servir como provas em ações futuras — especialmente quando mostram repetição de descaso com os passageiros.

A ANAC, especialmente, é quem fiscaliza diretamente as companhias aéreas no Brasil. Ao registrar uma reclamação nela, além de pressionar a empresa, você contribui estatisticamente para o controle do setor. E, se chegar a um processo na Justiça, esse histórico será valioso.

Para entender a fundo todos os seus direitos em cada etapa, sugerimos também o guia completo sobre embarque negado por overbooking.

Como funcionam as indenizações e compensações

Existem diversos tipos de indenização, que dependem do caso:

  • Material: Reembolso de despesas (hospedagem, alimentação, transporte, novas passagens)
  • Moral: O valor concedido por danos à honra, imagem ou sofrimento excessivo
  • Punitiva: Multas ou sanções aplicadas à empresa por má conduta

O valor final depende da extensão do prejuízo e de como a reclamação foi feita. Esse cálculo pode incluir, por exemplo:

  • Comprovação de perdas financeiras concretas (contratos, reuniões, eventos perdidos, compra de passagens extras)
  • Situações de exposição vexatória, estresse, transtorno ou risco à saúde
  • Falhas frequentes da empresa que configuram descaso — algo cada vez mais observado nos tribunais brasileiros graças ao volume crescente de processos (Brasil é líder mundial em processos judiciais de passageiros contra aéreas).

Se quiser conhecer casos parecidos com o seu, a JusAereo mantém um enorme acervo de experiências reais de passageiros, ajudando a preparar melhor cada reclamação e até estimando valores de indenização compatíveis.

Conclusão: não despreze o que é seu por direito

Buscar compensação depois de um transtorno aéreo é mais do que dinheiro de volta: é fazer valer o respeito, é estabelecer padrões que beneficiam toda a coletividade. Se a maioria das pessoas deixa para lá pequenas ou grandes perdas, as companhias não sentem pressão para melhorar. Por isso, cada história conta e cada caso vencido fortalece a cultura de respeito ao consumidor.

Você não está sozinho. Existem caminhos — e aliados.

Se você passou por atraso, cancelamento ou perdeu bagagem, não deixe sua história se perder. Reúna documentos, busque orientação em fontes confiáveis como a JusAereo e faça valer cada minuto investido. Quem reivindica, reforça o direito de todos. Quer garantir que sua reclamação seja tratada de maneira ágil, segura e transparente? Experimente o serviço da JusAereo e dê o primeiro passo para resolver seu problema de vez.

Perguntas frequentes

Quando posso entrar com ação contra companhia aérea?

Você pode processar uma companhia aérea quando houver falha grave na prestação do serviço — como atrasos superiores a 4 horas, cancelamentos sem aviso ou justificativa, overbooking ou extravio de bagagem. É possível acionar a Justiça assim que a empresa não resolver o seu caso por vias administrativas. Não é necessário esperar meses: se a resposta for insatisfatória ou não houver resposta no prazo legal (geralmente 7 dias), fica caracterizado o direito de recorrer ao Judiciário.

Quais documentos preciso para processar uma companhia aérea?

Reúna tudo o que comprove sua relação com o voo e o dano sofrido: passagem ou e-ticket, cartões de embarque, relatórios de bagagem (RIB), notas de despesas, protocolos de atendimento, e-mails trocados e fotos dos painéis do aeroporto. Quanto mais organizado, mais forte sua reivindicação. Em casos mais complicados, relatórios médicos e boletins de ocorrência também ajudam.

Quanto tempo demora um processo contra companhia aérea?

Pode variar bastante. De modo geral, reclamações administrativas são resolvidas em 2 a 12 semanas. Mas processos judiciais tramitam, em média, de 6 meses a 2 anos. Esse prazo depende da complexidade do caso, da cidade/estado e do volume de processos no tribunal. A atuação de um advogado ou plataforma especializada pode acelerar etapas e, muitas vezes, conseguir acordos antes do julgamento final.

Vale a pena processar companhia aérea por atraso?

Geralmente sim, principalmente em atrasos acima de 4 horas ou que causem perda de compromissos importantes ou gastos extras. Os tribunais têm entendido que o passageiro não deve arcar sozinho com o prejuízo causado por falha da empresa. Além do reembolso de despesas, pode haver indenização por dano moral, a depender da situação. Só não esqueça de guardar todas as provas para fundamentar o pedido.

Como funciona a indenização de companhia aérea?

A compensação pode ser feita diretamente pela companhia, via órgãos administrativos ou judicialmente. O valor depende do tipo de dano (material, moral, punitivo) e da extensão dos prejuízos. Em voos internacionais, há limites definidos pela Convenção de Montreal; no Brasil, a Justiça pode determinar valores superiores ao legal, principalmente em casos de sofrimento, perda de compromissos ou descaso. Uma orientação especializada aumenta suas chances de receber o que é justo.

Veja também

JusAéreo – Direito do passageiro aéreo

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